NO RIO DE JANEIRO, UMA NOVA FAMÍLIA

Ao contrário da maioria dos imigrantes, os Lutz, que pertenciam a uma das famílias mais tradicionais de Berna - na Suíça -, optaram pela vida na cidade em vez do campo. Preferiram ficar na cidade do Rio de Janeiro, onde o Sr. Gustav passou a trabalhar no comércio de importação e exportação de produtos agrícolas. E foi no Rio - na época, capital do Império - que nasceram quase todos os dez filhos do casal Gustav e Mathilde.

Adolpho Lutz nasceu em 1855, mas a família retornou a Berna quando ele tinha apenas dois anos por conta do surto de febre amarela que assolava o Rio.

Idas e vindas

Em 1864, por conta dos negócios, a família Lutz retornou ao Brasil. Seus três filhos mais velhos, entre eles o pequeno Adolpho, de 9 anos, permaneceram na Suíça para estudar.

No Rio de Janeiro, Mathilde Oberteuffer fundou um colégio para meninas. Em 1881, ano em que Adolpho Lutz retornou ao Brasil após concluir a faculdade de Me dic ina em Berna, o colégio passou a se chamar Suíço-Brasileiro.

O avô de Adolpho Lutz

Friedrich Bernard Jacob Lutz, avô de Adolpho Lutz, merece uma atenção especial. Ele nasceu em 28 de janeiro de 1785, foi educado pelo pai, um pastor culto, e desde cedo revelou inclinação para ser médico. Com poucos recursos, teve de se esforçar muito para seguir a carreira. Mas valeu a pena! Tornou-se uma figura de destaque na história da medicina suíça, tendo chefiado o serviço médico do exército por cerca de vinte anos.