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Novos trabalhos em dermatologia

Desde o início de sua carreira, Adolpho Lutz interessou-se pela dermatologia, tendo estudado no prestigioso instituto de Unna, onde aprofundou seus conhecimentos sobre a lepra, terreno por excelência dessa especialidade. Eram os dermatologistas que estavam na vanguarda das pesquisas bacteriológicas, histológicas e anatomopatológicas sobre a doença. Por outro lado, os estudos em dermatologia naturalmente levaram-no ao estudo de bactérias patogênicas e à micologia, sendo um dos precursores no Brasil também nesse campo de investigações. Entre as doenças de pele causadas por fungos, Lutz estudou com Alfonse Splendore a esporotricose.

No ano em que se transferiu para o IOC, Adolpho Lutz publicou o que talvez seja sua principal contribuição à dermatologia: um estudo sobre uma nova micose pseudococcídica localizada na boca e observada mundialmente pela primeira vez em dois casos no Brasil, doença mais tarde conhecida como Paracoccidioidomicose, Micose de Lutz ou Doença de Lutz. O texto foi traduzido para o alemão e gerou diversas pesquisas de dermatologistas brasileiros nas décadas seguintes.

Algum tempo depois, Lutz participaria da criação da Sociedade Brasileira de Dermatologia, em 1912, e no ano seguinte seria eleito Presidente Honorário dessa agremiação, freqüentando suas reuniões até falecer em 1940. A partir de 7 de abril de 1913, passaria a presidir as sessões.

Em 1921, Lutz publicou trabalho sintético das investigações sobre doenças de pele que observara desde o início de sua carreira. Se não voltou a escrever outro trabalho específico sobre essas moléstias, os problemas dermatológicos continuarão presentes nos textos posteriores sobre a lepra.