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‘primeira edição’ da Biblioteca Virtual
Adolpho Lutz, sua vida foi segmentada em seis partes, 31 itens
e 77 subitens, compondo o diagrama que sintetiza a trajetória
do cientista, até que venha ser enriquecida com novas informações
aduzidas pela equipe que atua nos bastidores da BV-Lutz ou por
pesquisadores que venham a colaborar com ela. As páginas
em html permitem links externos com websites dedicados
a instituições, personalidades e temas citados nos
textos; e links internos com outros segmentos da BV que contêm,
por exemplo, resumo ou versão integral de correspondência
ou artigo científico de Lutz.
As quatro primeiras partes de sua trajetória obedecem a
uma demarcação cronológica; as duas últimas,
a um critério temático.
O período de 1855 a 1881 compreende as origens familiares,
a formação e os primeiros trabalhos do cientista.
Ainda bem jovem, Lutz demonstrava forte inclinação
para as ciências da vida. Nos tempos de universitário,
freqüentou centros de excelência em Berna, Leipzig,
Estrasburgo, Praga, Londres e Paris, doutorando-se em medicina
em 1880.
Os três períodos seguintes abrangem, grosso modo,
a carreira profissional de Adolpho Lutz. De 1881 a 1892, ele foi
sobretudo um médico da roça, produzindo, contudo,
diversos trabalhos originais baseados nos casos que tratava ou
no estudo da biologia de espécies que, de alguma forma,
se relacionavam com os humanos e suas patologias. Realizados nas
horas vagas, à custa de grande disciplina, esses trabalhos
foram publicados em periódicos científicos alemães
que estavam na vanguarda da medicina experimental. O período
é caracterizado por muitos deslocamentos. Lutz percorreu
diversas regiões do Brasil, Europa, Estados Unidos e Oceania,
e diversos territórios cognitivos – clínica
médica, helmintologia, bacteriologia, terapêutica,
veterinária, dermatologia, protozoologia, malacologia,
micologia e entomologia –, deixando marcas significativas
de sua passagem nos estudos sobre parasitoses de animais silvestres
e domésticos, lepra, ancilostomíase, febre amarela,
tuberculose, doenças de pele e do intestino.
De 1893 a 1908, esteve à frente do Instituto Bacteriológico
de São Paulo, destacando-se como o quadro mais experiente
e bem preparado de um grupo ainda restrito de médicos que
constituíram, no Rio de Janeiro e em São Paulo,
a linha de frente da instituição da medicina pasteuriana.
Além das estafantes rotinas laboratoriais, e de suas atividades
como “homem público”, nesse período
Lutz desenvolveu pesquisas importantes, engajadas, nos domínios
da bacteriologia, epidemiologia e zoologia médica. Foi
um dos fundadores da entomologia médica, adquirindo considerável
projeção nesse território emergente das ciências
da vida.
O quarto período se estende de 1908 a 1940. Já com
mais de cinqüenta anos, Adolpho Lutz ingressou no Instituto
Oswaldo Cruz (IOC), abandonando o instituto paulista, que naufragaria
algum tempo depois. Em Manguinhos transcorre a derradeira fase
de sua vida profissional, em que realiza a aspiração
de se dedicar, por inteiro, à pesquisa – não
necessariamente de aplicação médica –,
o que faz até falecer, no Rio de Janeiro, em 1940, poucas
semanas antes de completar 85 anos. É o período
em que mais publica trabalhos, sobressaindo nesse conjunto aqueles
concernentes ao Schistosomum mansoni, às mutucas
e aos anfíbios.
A quinta parte de sua trajetória é dedicada aos
trabalhos sobre hanseníase. Adolpho Lutz estudou a doença
durante toda a sua vida, tornando-se uma autoridade reconhecida
internacionalmente. Destacam-se, aqui, os debates que sustentou
a esse respeito em 1915 e em 1922, sinalizando mudanças
importantes na agenda da saúde pública brasileira.
A sexta parte reúne informações sobre os
amigos e filhos de Adolpho Lutz e sobre seu valioso legado científico.
Bertha Lutz dedicou-se incansavelmente à preservação
da memória do pai, e em larga medida devemos a esse esforço
a possibilidade de realizar a Biblioteca Virtual que você,
caro usuário, consulta neste momento.
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