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10 anos de idade, Lutz já demonstrava seu instinto de colecionador
e sua vocação para observar o mundo natural. É
o que podemos ver neste fragmento da carta que escreveu na Basiléia,
em 5 de agosto de 1865, para sua irmã Helena, que havia
voltado para o Brasil um ano antes:
"A primavera principiou com vigor e os
brotos das árvores estão se abrindo. Este ano há
muitas violetas e eu conheço os melhores lugares em que
as podemos encontrar.
Quando houver oportunidade, não esqueçam de nos
enviar alguns objetos de história natural, caramujos, cavalinhos
marinhos, conchas de náutilos e pedras mais raras, caso
possível, vários exemplares para podermos trocar.
Mandamos fazer uma casinhola para lagartas e vamos criá-las,
mas também vamos apanhar borboletas e esperamos obter muitas
para nossa coleção, embora a Basiléia não
seja o melhor lugar. Em Berna conheço lugares muito melhores.
Também queremos começar uma coleção
de plantas secas, e precisamos de folhas e flores brasileiras
secas, de preferência com os nomes. Nisso o Theophil Gautier
também vai ajudar. Já temos algumas plantas secas,
mas temos ainda pouca prática de secar. O livro sobre plantas
vai servir-nos muito para plantar nossos jardinzinhos".
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