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Museu Nacional
Instituto Adolfo Lutz
 
 
  
 
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Introdução

Origens familiares e formação (1855-1881)
 

• Os Lutz e a emigração
para o Brasil

  Vocações e primeiros
estudos
  Estudos superiores e
de especialização
  Primeiros trabalhos publicados
    A Sociedade de
Ciências Naturais de Berna

•As pesquisas de Lutz
sobre os cladóceros
Os pesquisadores
de cladóceros

O Hospital Cantonal
de St. Gallen

Um caso de bronquite fibrinosa
Tese de doutoramento: valor terapêutico do quebracho

Volta ao Brasil. Novas viagens (1881-1892)

No Instituto Bacteriológico de São Paulo (1893-1908)

A mudança para o
Rio de Janeiro (1908-1940)

Novos estudos sobre
a Lepra

A herança e os herdeiros de Adolpho Lutz
 
Primeiros trabalhos publicados
   
As pesquisas de Lutz sobre os cladóceros
   
 

urante a primavera e o verão de 1877, Adolpho Lutz dedicou-se à coleta de material sobre a fauna Cladocera dos lagos e cursos d’água de Berna, publicando seu primeiro artigo nos Anais da Sociedade de Ciências Naturais de Berna. O interesse por microcrustáceos havia aumentado consideravelmente na segunda metade do século, após a descoberta da relevante função que desempenhavam na cadeia alimentar da fauna de água doce e do mar, surgindo os primeiros trabalhos de pesquisadores dos cladóceros.

Em suas coletas diurnas e noturnas, Lutz pôs em prática a experiência adquirida anteriormente como naturalista amador e usou todas as técnicas conhecidas para recolher tanto animais de fundo como os pelágicos, encontrando nos diferentes habitats pesquisados 42 espécies pertencentes a 19 gêneros. Uma não se encaixou nas descrições existentes na bibliografia por ele consultada, motivo pelo qual Lutz a descreveu como espécie nova da família dos linceídeos, denominando-a Alona verrucosa.

Mas seu estudo não se limitou à sistemática dos cladóceros. Lutz observou hábitos de vida, reprodução, habitat, disseminação, predadores, parasitas e simbiontes dos microcrustáceos. A inclinação darwinista de Lutz e sua adesão ao conceito de seleção natural ficam evidenciadas quando aborda a dispersão e adaptação daqueles animais.

Em Leipzig, Lutz deu continuidade ao estudo dos cladóceros, o que resultou em sua segunda publicação. Naquela cidade lecionava Leuckart, que o incentivou na pesquisa e apresentou seu trabalho à Sociedade de Ciências Naturais de Leipzig. Lutz fez as coletas de cladóceros nas horas vagas, nos meses de outubro de novembro de 1877 e no verão de 1878. A exigüidade de tempo só lhe permitiu realizar pequena amostragem nos locais visitados, e por isso considerou seu trabalho incompleto. Mesmo assim, conseguiu coletar 35 espécies pertencentes a 16 gêneros, sendo designada por ele uma nova variedade de Daphnia hyalina. Lutz descreveu, ainda, pela primeira vez, o macho da espécie Alona acanthocercoides Fischer.

Usou os conceitos darwinistas ao analisar a formação de efípios e machos em espécies partogenéticas, assim como a relação destes com os fatores externos. Segundo Lutz, tal propriedade parecia ter sido adquirida por algumas espécies mediante seleção natural.

Fascinado pelos pequenos crustáceos, Lutz chegou a retomar o estudo dos cladóceros enquanto aguardava o início de seu trabalho como médico assistente no Hospital Cantonal de St. Gallen.

 
 
 
   
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