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segundo
filho de Adolpho e Amy Lutz, Gualter
Adolpho, nasceu em São Paulo no dia 3 de maio
de 1903. Viveu com a mãe e a irmã – Bertha,
nove anos mais velha – em Paris, durante a Primeira Guerra
Mundial. Trabalhou como tradutor no Instituto Oswaldo Cruz de
1922 a 1927. Formou-se em medicina, especializando-se em medicina
legal. Ao concluir o curso médico com tese sobre a etiopatologia
da elefantíase vulvar, recebeu os prêmios Visconde
de Sabóia e Berchon des Essaerts, além de uma viagem
ao exterior, durante a qual conheceu a engenheira e feminista
Carmen Portinho, com quem iria casar-se no início da década
de 1930, união que teria curta duração.
Era também cirurgião dentista pela
Faculdade de Odontologia da Universidade do Brasil (Rio de Janeiro).
Colaborou com o pai no trabalho Bilharziazis oder Schistosomum
infektionen, publicado em 1928. Exerceu a cátedra
de medicina legal da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e
escreveu vários artigos sobre psiquiatria forense. Com
Bertha publicou, em 1943, o volume Contribuição
à história da medicina no Brasil segundo os relatórios
do dr. Adolpho Lutz, diretor do Instituto Bacteriológico
do Estado de São Paulo, 1893-1908, no qual resgatavam a
campanha liderada pelo pai contra o cólera na década
de 1890, e suas pesquisas sobre a disenteria, na década
anterior.
Bom fotógrafo, Gualter trabalhou com Bertha
nos anos 50 registrando imagens das coleções de
Adolpho Lutz. Também traduziu alguns trabalhos do pai do
português para o inglês e do alemão para o
português. Amava a música, tendo recebido vários
prêmios como violinista.
Faleceu aos 66 anos, em 5 de junho de 1969.
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