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uxiliar
de laboratório de Lutz, Joaquim
Venâncio foi seu fiel ajudante por mais de vinte
anos, desde o final da década de 1910 até a morte
do cientista, em 1940. Nascido em 23 de maio de 1895 na fazenda
Bela Vista, Rio Novo, Minas Gerais, de propriedade da família
de Carlos Chagas, Venâncio chegou ao Rio de Janeiro em setembro
de 1916. Foi morar numa das habitações existentes
na fazenda de Manguinhos, vizinhas aos prédios do Instituto
Oswaldo Cruz. Algum tempo depois, passou a trabalhar com Adolpho
Lutz. Dedicado e competente auxiliar em todas as atividades relacionadas
ao laboratório, Venâncio era também exímio
mateiro. Acompanhava Lutz em suas excursões científicas
e chegou a viajar com ele para a Venezuela e os Estados Unidos
em 1925.
Mesmo idoso, Lutz não parou de trabalhar. Com dificuldade
de locomoção e visão, era carregado nas costas
por Venâncio, homem robusto e leal, quando ia ao laboratório
de Manguinhos ou quando precisava coletar anfíbios nos
mangues dos arredores. Não foram poucos os contemporâneos
que deixaram depoimentos a respeito da relação intensa
de amizade entre ambos. Após a morte de Lutz, em 1940,
Venâncio continuou a dar assistência a Bertha Lutz,
acompanhando-a em excursões científicas e auxiliando-a
nos trabalhos laboratoriais. Faleceu em 27 de agosto de 1955.
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