Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz
Bireme/OPAS/OMS
Museu Nacional
Instituto Adolfo Lutz
 
 
  
 
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Introdução

Origens familiares e formação (1855-1881)

Volta ao Brasil. Novas viagens (1881-1892)
A busca de um lugar ao sol
Em Limeira: a clínica e a pesquisa
  •Imigrantes suíços, colonização e trabalho
Adolpho Lutz e a
parasitologia
Em Hamburgo: estudos
sobre a lepra
Em Campinas: epidemia da febre amarela (1889)
No Havaí e na Califórnia

No Instituto Bacteriológico de São Paulo (1893-1908)

A mudança para o
Rio de Janeiro (1908-1940)

Novos estudos sobre
a Lepra

A herança e os herdeiros de Adolpho Lutz
 
   
Em Limeira: a clínica e a pesquisa
   
Imigrantes suíços, colonização e trabalho
   

o período em que Adolpho Lutz viveu em Limeira, tinham cessado já as experiências de parceria que levaram às sublevações de imigrantes suíços forçados a conviver com a escravidão e, em certa medida, a se sujeitar a ela nas fazendas de café, sublevações tão bem descritas pelo mestre-escola Thomas Davatz em Memórias de um colono no Brasil. A substituição do trabalho escravo pelo assalariado do imigrante europeu recomeçara em outras bases
.
Davatz era suíço e emigrou para o Brasil em 1855, contratado para trabalhar na fazenda da Ibicaba, do Senador Vergueiro. Tinha vindo disposto a economizar para adquirir um pedaço de terra. Desentendimentos entre Vergueiro e os colonos suíços levaram esses últimos à revolta, da qual Davatz foi um dos líderes. O levante foi dominado pela polícia e Davatz pôde voltar ao seu país. No ano seguinte, publicou seu volume de memórias narrando a revolta e contando as condições de vida na fazenda. Bastante parcial, é o único depoimento produzido do ponto de vista dos revoltosos.

Diferentemente de outras províncias brasileiras, São Paulo adotou sempre o modelo da colonização dirigida, implementada sobretudo por particulares. No caso dos imigrantes suíços e alemães que se fixaram em São Paulo entre 1827 e 1860, aproximadamente, a adaptação foi dificultada pelas diferenças de hábitos alimentares, de costumes e de orientação religiosa, pois a maioria deles era protestante e, à época, não havia liberdade de culto no Brasil.

O modelo de parceria, cujo exemplo mais importante é o da fazenda do Senador Vergueiro, chegou em certo momento a ser adotado em quase todas as principais fazendas de café em São Paulo. Com a revolta, as colônias de parceria praticamente desapareceram. Posteriormente, outros sistemas foram tentados, como pagamento por alqueire, até finalmente ser adotado o salário mensal fixo.

Davatz dividiu seu livro em três partes. A primeira, mais breve, fornece esclarecimentos prévios e necessários sobre as condições de vida no Brasil: aspectos, condições, usos e costumes do país. A segunda disserta sobre o tratamento dos colonos na província de São Paulo, mostra como foram tratados na chegada ao porto de Santos, como lhes foram fornecidos alimento, trabalho, habitação etc., traçando um quadro da vida dos emigrantes. A terceira relata a sublevação dos colonos contra seus opressores. Ao final, Davatz anexou diversos documentos importantes sobre o sistema de parceria e as ações e reivindicações dos revoltosos.

   
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