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ascido
em Alagoinhas, Bahia, em 1884, e falecido na cidade do Rio de
Janeiro em 1963, Belmiro
de Lima Valverde ficaria conhecido sobretudo pela militância
na Ação Integralista Brasileira, na década
de 1930. Antes mesmo da Revolução chefiada por Getúlio
Vargas, combateu o governo de Arthur Bernardes, o que o levou
a exilar-se por um tempo na Europa. Diplomado em 1906 pela Faculdade
de Medicina da Bahia, Valverde clinicou no Alto Amazonas e, em
1912, mudou-se para Itápolis, no interior de São
Paulo, onde o sogro era proprietário da Farmácia
Italiana.
Na seção de 30 de junho de 1913, a Academia Nacional
de Medicina incluiu entre as questões a prêmio para
o ano seguinte a “Profilaxia e tratamento da lepra”.
Valverde concorreu e obteve menção honrosa. Em fevereiro
de 1915 mudou-se para o Distrito Federal. Por muitos anos, chefiaria
o Serviço de Urologia da Policlínica do Rio de Janeiro.
Em 1916, para obter a livre docência de higiene na Faculdade
de Medicina do Rio de Janeiro, defendeu tese sobre “Profilaxia
da lepra”, depois publicada.
Em 1921, a Academia Nacional de Medicina conferiu a Valverde prêmio
por seu trabalho “Profilaxia e tratamento da lepra”,
publicado no mesmo ano como Lepra no Brasil. Com esse gesto, parte
importante da elite médica da capital endossou as teses
contagionistas que ele vinha defendendo com ardor desde 1915,
quando polemizou pela primeira vez com Adolpho Lutz. Voltaram
a se defrontar no âmbito da Conferência Americana
de Lepra, realizada no Rio de Janeiro em 1922.
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