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No
relatório sobre ‘’Lepra e imigração’’,
Lutz e Aragão propuseram um regime condescendente, que
contrastava com os rígidos dispositivos de proteção
em vigor em Nova Iorque e outros pontos norte-americanos, dispositivos
que os sanitaristas brasileiros queriam ver aplicados aos imigrantes
que desembarcavam no Brasil. Os dois cientistas consideravam que
o risco de importação de novos casos de lepra era
diminuto, já que no Brasil a doença se propagava
com mais facilidade do que nos países da maioria dos imigrantes.
Qualquer medida vexatória provocaria naturalmente represálias,
além de impressões negativas.
No caso da imigração subvencionada, o Estado tinha
a obrigação de excluir pessoas cujos antecedentes
de saúde física e psíquica fossem problemáticos,
mas sem que fossem adotadas medidas humilhantes, solicitando que
antes do desembarque estivesse providenciado um atestado de saúde
oferecido por médico ou autoridade do lugar de origem.
Tratavam também da imigração terrestre. Os
países vizinhos não ofereciam grande perigo porque,
com exceção da Colômbia, o número de
doentes não deveria ser maior que no Brasil.
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Vítimas
da hanseníase no Leprosário de Mandalay, na Birmânia,
representando sete nacionalidades (Jackson, 1991, apud
Joseph, 2003, p.264) |
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