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urante
os anos de formação universitária, Lutz não
perdeu o interesse pela história natural. Seu dom de naturalista
e colecionador levou-o a manter estreita relação
com os professores da área, a ver suas palestras na Faculdade
de Filosofia de Berna e nas outras escolas superiores que freqüentou,
mantendo-se sempre em dia com as novas descobertas. Entre os professores
de história natural que Lutz conheceu sobressai Joseph
Anton Maximilian Perty (1804-1884), um dos docentes mais antigos
da Universidade de Berna. Perty cuidara das coleções
zoológicas da Academia de Ciências de Munique, incluindo-se
aquelas formadas por espécimes coletados no Brasil pelos
naturalistas Johann Baptist von Spix e Karl Friedrich Philipp
von Martius. Petry estudou a coleção entomológica
reunida por Spix e entre 1830 e 1833 publicou relevante contribuição
ao conhecimento dos insetos brasileiros.
Outro naturalista que influenciou Adolpho Lutz foi Theophil
Studer (1845-1922), professor de zoologia e curador de coleções
zoológicas no Museu de História Natural de Berna
entre 1871 e 1922. No período de 1874 a 1876, participou
da viagem de circunavegação da fragata alemã
S. M. S. Gazelle. Dois anos após seu retorno,
tornou-se professor de zoologia e anatomia comparada da Escola
de Medicina e Veterinária de Berna.
Esses estudos teriam duradoura repercussão na obra de Lutz,
nos numerosos artigos que haveria de publicar em muitas vertentes
da zoologia, da medicina e da veterinária, e em sua incessante
atividade de coleta para as diversas coleções que
formou ou que ajudou a enriquecer.
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