Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz
Bireme/OPAS/OMS
Museu Nacional
Instituto Adolfo Lutz
 
 
  
 
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Introdução

Origens familiares e formação (1855-1881)

Volta ao Brasil. Novas viagens (1881-1892)
A busca de um lugar ao sol
Em Limeira: a clínica e a pesquisa
Em Hamburgo: estudos
sobre a lepra
    Pesquisas sobre microrganismos e
doenças de pele

Paul Gerson Una
Dermatologia: marcos históricos
Processos de coloração
de microrganismos

Coccothrix leprae e Mycobacterium leprae
O estudo da lepra à época
de Lutz

No Rio de Janeiro: Hospital dos Lázaros
Em Campinas: epidemia da febre amarela (1889)
No Havaí e na Califórnia

No Instituto Bacteriológico de São Paulo (1893-1908)

A mudança para o
Rio de Janeiro (1908-1940)

Novos estudos sobre
a Lepra

A herança e os herdeiros de Adolpho Lutz
 
     
Em Hamburgo: estudos sobre a lepra
   
Coccothrix leprae e Mycobacterium leprae
   

o trabalho publicado em 1886, Adolpho Lutz procurou demonstrar que os ‘’esquizomicetos’’ da lepra não pertenciam à categoria dos ‘’bacilos legítimos, formados por uma ou mais células cilíndricas’’, pois seu componente elementar era uma pequena célula redonda, semelhante a um coco, dotada de membrana que ia se tornando espessa e colóide. Essas células sempre se desdobravam na mesma direção, em séries lineares cujo desenho assemelhava-se a colares de pérolas, aumentando cada vez mais o envoltório gelatinoso à medida que o conjunto ganhava novas camadas. Além disso, o aglomerado gelatinoso podia fundir-se com os vizinhos para formar uma massa comum.

Análise comparativa desse microrganismo com o da tuberculose levou Lutz a contestar o gênero Bacillus em que eram classificados, e a propor que o de Hansen passasse a ser chamado de Coccothrix leprae. Coccothrix provém do grego Kokkos, que significa grão, semente, e thrix, cabelo, sugerindo um rosário de cocos. A família Coccothricaciae, criada por Lutz para abrigar os micróbios da lepra, da tuberculose e seus congêneres, apresentava características de duas famílias bacterianas – as Coccaceas e Bacillaceas – situando-se, porém, essencialmente no reino Fungi.

Sua proposta foi suplantada pela de Karl L. Lehmann e R. O. Neumann que, em 1896, incluíram os agentes da lepra e da tuberculose no gênero Mycobacterium (do grego Mykes, fungo). Cunharam o nome em virtude da aparência fungosa das cepas cultivadas em meio líquido. Segundo a definição atual, micobactérias são bactérias aeróbicas e álcool-acidorresistentes. O gênero compreende trinta espécies que diferem das demais bactérias por uma série de propriedades, muitas relacionadas com a quantidade e os tipos de lipídios contidos em suas paredes.

Lutz reivindicou a prioridade de sua classificação Coccothrix leprae, mas ela foi negada em 1958 por uma comissão encarregada de rever o Código Internacional de Nomenclatura de Bactérias e Vírus. Alegou-se que o gênero Coccothrix Lutz 1886 não fora publicado de maneira válida porque o autor não usara aquele nome genérico em combinação binária com uma e outra espécie por ele incluída no gênero (bacilos da lepra e da tuberculose), e também porque não citara descrições dessas espécies previamente publicadas com outros nomes.

   
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