Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz
Bireme/OPAS/OMS
Museu Nacional
Instituto Adolfo Lutz
 
 
  
 
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Introdução

Origens familiares e formação (1855-1881)

Volta ao Brasil. Novas viagens (1881-1892)
A busca de um lugar ao sol
Em Limeira: a clínica e a pesquisa
Em Hamburgo: estudos
sobre a lepra
    Pesquisas sobre microrganismos e
doenças de pele

Paul Gerson Una
Dermatologia: marcos históricos
Processos de coloração
de microrganismos

Coccothrix leprae e Mycobacterium leprae
O estudo da lepra à época
de Lutz

•No Rio de Janeiro: Hospital dos Lázaros
Em Campinas: epidemia da febre amarela (1889)
No Havaí e na Califórnia

No Instituto Bacteriológico de São Paulo (1893-1908)

A mudança para o
Rio de Janeiro (1908-1940)

Novos estudos sobre
a Lepra

A herança e os herdeiros de Adolpho Lutz
Em Hamburgo: estudos sobre a lepra
   
No Rio de Janeiro: Hospital dos Lázaros
   

m dos principais centros de tratamento da lepra no Brasil era o Hospital dos Lázaros, fundado em 1763 por frei Antônio, bispo do Rio de Janeiro. Administrado pela Irmandade do Santíssimo Sacramento da Candelária, o hospital foi instalado em São Cristóvão, numa propriedade que pertencera aos jesuítas e que fora confiscada pela Coroa quando se expulsou essa ordem religiosa de Portugal e de seus domínios.

A contratação do médico José Jeronymo de Azevedo Lima para dirigir o hospital, em 1879, assinala uma mudança na abordagem da lepra. Seus antecessores, em particular o dr. João Pereira Lopes, eram anticontagionistas e adotavam uma perspectiva multicausal, conciliando diversas etiologias: alimentar, climática e hereditária, entre outras. Havia quem acreditasse que certas profissões, como as de ferreiro e mineiro, contribuíssem para tal predisposição. Outros pensavam que a lepra era uma doença da mesma natureza da sífilis, provocada por um “vírus” – entenda-se “veneno” – que atuava sobre o sangue. Teoria correlata dizia que a sífilis nada mais era do que uma lepra degenerada.

A chegada de Azevedo Lima ao hospital coincide com uma reviravolta tanto no plano do discurso como no das práticas curativa e preventiva. Esse médico procurou restaurar a crença na contagiosidade da lepra. Como eram então escassas as autoridades que defendiam o contágio, respaldou-se nos estudos recentes de Hansen, mas admitiu que não eram coisa “certa e demonstrada”. Durante a década de 1880, Azevedo Lima experimentou no hospital grande número de medicamentos de efeitos e propriedades diferentes, inclusive o ácido fênico e o óleo de chalmugra (único tratamento medianamente eficaz até a introdução em 1942 do Promin, um derivado da sulfona desenvolvido por Guy H. Faget). Azevedo Lima tornou rotina a desinfecção das enfermarias e patrocinou, em 1887, as tentativas infrutíferas feitas por Adolpho Lutz, naquele hospital, de cultura in vitro do bacilo de Hansen e de transmissão experimental da lepra a animais.

   
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