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Edoardo Perroncito (1847-1936)
   
 

Edoardo PerroncitoEdoardo Bellarmino Perroncito nasceu em Viale d’Asti, Itália, a 10 de março de 1847. Em 1867, aos 20 anos de idade, graduou-se pela Escola Superior de Medicina Veterinária da Universidade de Turim. Trabalhou inicialmente como veterinário e em seguida como assistente no Instituto de Anatomia Patológica e Patologia Geral, dirigido por Sebastiano Rivolta. Após curta passagem pela Universidade de Pisa, foi nomeado, em 1874, professor de anatomia patológica da Universidade de Turim, dando início a uma longa e prestigiosa carreira na instituição, à qual estaria ligado durante quase cinco décadas. Perroncito foi o primeiro a ocupar uma cátedra de parasitologia na Itália, instituída em 1879.

Ainda nesse ano foi requisitado para estudar uma enfermidade freqüentemente letal que grassava entre os operários ocupados na construção do túnel de São Gotardo, na fronteira com a Suíça. A doença manifestava-se sob a forma de uma grave anemia e já vitimara mais de mil trabalhadores. Autopsiando um dos operários mortos, Perroncito identificou no duodeno a presença de milhares de pequenos vermes presos à mucosa do órgão. O parasita era uma espécie de nematódeo já descrita por Ângelo Dubini em 1843 com o nome de Ancylostoma duodenale, mas sua relação com a doença não fora ainda estabelecida. Depois de identificar no microrganismo o causador da “anemia dos mineiros”, Perroncito dedicou-se a pesquisar um método capaz de desenvolver em meio puro os ovos dos vermes recolhidos das fezes dos enfermos. De posse desse material, passou a experimentar a ação do calor e uma longa série de substâncias químicas e extratos vegetais. Observou, então, a ação vermicida do extrato de feto-macho, que imediatamente passou a aplicar em seus pacientes. O tratamento foi um sucesso, e o extrato de feto-macho passou a ser, juntamente com o timol, um dos medicamentos utilizados contra a ancilostomíase.

Se essa foi a descoberta mais importante de sua carreira, não menos significativas foram suas pesquisas nos campos da microbiologia, da higiene e da profilaxia. Perroncito adotou uma ampla gama de métodos de investigação sobre os mais variados assuntos e sobre os organismos vegetais e animais os mais diversos. Publicou trabalhos sobre patologia vegetal e sobre a microbiologia do vinho, da cerveja e da água. Também dedicou especial atenção às doenças e técnicas de criação da abelha e do bicho-da-seda, tendo deixado valiosas contribuições acerca desses temas. Em 1884, fundou em Cavoretto o Museo Bacologico, depois transformado em Museo di Apicoltura e Bachicoltura. Fechada na década de 1920, a instituição foi durante muito tempo um importante centro de estudos e de divulgação científica.

Em 1887, Perroncito foi encarregado pelo governo italiano de revalidar a profilaxia anticarbunculosa desenvolvida por Pasteur, na França. Depois de comprovar a eficácia do método desenvolvido pelo mestre francês, fundou em Turim, ainda no mesmo ano, o Laboratório Pasteur para a produção de vacinas contra o carbúnculo bovino. Posteriormente, o laboratório, cuja presidência honorária foi entregue a Perroncito, foi transferido para Roma. De sua colaboração com Pasteur, também resultaram estudos sobre o cólera das galinhas e a raiva.

De 1898 a 1902, Perroncito foi diretor da Escola Superior de Medicina Veterinária de Turim. Foi também presidente honorário da Sociedade Zoológica da França e presidente da Academia de Medicina de Turim e da Real Sociedade e Academia Veterinária Italiana.

Faleceu na cidade de Pavia, em 4 de novembro de 1936.

   
   
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