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Frank Karl
Bruch nasceu na Alemanha em 1º de abril de 1869. Com apenas
dezoito anos transferiu-se para a Argentina, onde desenvolveu
sua vocação científica sob a orientação
do naturalista Francisco Pascacio Moreno, fundador do Museu de
La Plata e do Museu Antropológico e Arqueológico
de Buenos Aires. Levado por Moreno, Bruch ingressou no Museu de
La Plata em 1888. Entomologista de formação, dedicou
seus primeiros anos na Argentina também ao estudo da arqueologia
e da antropologia do país. Em 1910, publicou com Félix
Outes um pequeno livro ilustrado chamado Los aborígenes
argentinos, una síntesis del estado actual del conocimiento
de los pueblos indígenas. A obra alcançou grande
repercussão e passou a ser adotada como manual escolar
por vários estabelecimentos de ensino do país, recebendo
várias reedições até a década
de 1950.
Responsável pela formação da coleção
entomológica do Museu de La Plata, Bruch percorreu o país
em busca de insetos. Fotógrafo e desenhista, reuniu mais
de 5 mil exemplares de coleópteros que compuseram um amplo
catálogo publicado em 1914. Dedicou especial atenção
também ao estudo das formigas, colaborando nesse campo
com o biólogo Ángel Gallardo. Suas coleções
entomológicas foram adquiridas pelo Museu de Ciências
Naturais de Buenos Aires durante a presidência do general
Agustin Pedro Justo (1932-1938).
Bruch foi diretor do Departamento de Zoologia do Museu de La Plata,
no qual trabalhou durante muitos anos. Mais tarde, passou ao Museu
de Ciências Naturais de Buenos Aires. Laureado com o Prêmio
Moreno em 1931, escreveu mais de 160 trabalhos, a grande maioria
deles sobre coleópteros e formigas.
Faleceu em Vicente López, província de Buenos Aires,
no dia 3 de julho de 1943.
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