|
Wilhelm.
H. Hoffmann nasceu em Wismar, Alemanha, no dia 8 de fevereiro
de 1875. Formado em medicina pela Universidade de Berlim, trabalhou
no Instituto de Patologia da Universidade de Breslau e foi, durante
muitos anos, membro do Departamento de Enfermidades Tropicais
do Instituto Robert Koch. A partir de 1902, atuou como médico
da marinha alemã na Índia, na África Oriental
e na África do Sul.
Posteriormente, regressou ao Instituto Robert Koch, porém
suas atividades nessa instituição eram freqüentemente
interrompidas para o cumprimento de missões científicas
no exterior. Em 1912, foi novamente enviado à Índia
para estudar a peste e o cólera naquele país. Daí
seguiu para o Ceilão e depois para Xantungue, na China.
Em 1914, participou como delegado de seu país do Congresso
Internacional de Medicina Tropical realizado em Saigon, então
capital da Indochina. Com a eclosão da Primeira Guerra
Mundial, foi nomeado higienista conselheiro para a região
do Mar Negro, assumindo a direção e o controle higiênico
da Romênia, Ucrânia, Criméia e Geórgia.
Ao terminar a guerra, Hoffmann foi convidado a assumir a chefia
dos serviços sanitários da marinha em Berlim, porém
recusou a indicação. Preferiu dar continuidade a
suas atividades científicas e, aceitando a proposta que
lhe havia feito o epidemiologista cubano Juan Guiteras Gener,
incorporou-se ao Departamento de Anatomia Patológica do
Hospital de Enfermidades Infecciosas “Las Animas”,
em Havana. Em 1927, passou a integrar os quadros do recém-criado
Instituto Finlay, no qual realizou numerosas pesquisas em anatomia
patológica e entomologia médica, muitas delas relacionadas
ao estudo da febre amarela e de outras doenças tropicais.
Seus trabalhos mais significativos são aqueles relacionados
à febre amarela, para a qual elaborou um novo método
de diagnóstico, conhecido como Método cubano
del diagnóstico de la fiebre amarilla. Também
nesse campo, foi um dos primeiros a assinalar os focos endêmicos
da doença na África e na América do Sul e
Central.
Hoffman foi membro de várias sociedades científicas
na Alemanha e em outros países, entre elas da prestigiosa
Academia Leopoldina de Halle. Adotou a cidadania cubana e foi
presidente da Sociedade Cubana de Biologia e Medicina Tropical.
Publicou cerca de quatrocentos trabalhos ao longo de sua carreira.
Faleceu em Havana no dia 10 de outubro de 1950.
|
|