s pesquisas laboratoriais e de campo empreendidas por Lutz permitiram que determinasse as espécies de moluscos que servem de hospedeiros intermediários para o S. mansoni no Brasil. Estudou várias espécies dos gêneros Planorbis, Physa, Lymnaeus e Ampullaria. Verificou que somente em caramujos dos gêneros Planorbis e Physa havia penetração dos miracídios, e que a evolução do parasito só se processava até a fase final em certas espécies de Planorbis. Até hoje permanecem válidas essas observações do cientista.
Os estudos sobre a esquistossomose levaram-no a um novo campo das ciências da vida, a malacologia, então praticamente inexplorado no Brasil. Lutz identificou como pertencente ao ciclo do S. mansoni a Cercaria blanchardi, que havia sido descrita por Pirajá da Silva. Descreveu, ainda, diversas cercárias que se formam nas espécies de moluscos que transmitem a esquistossomose, mas que não devem ser confundidas com as do parasita que tem o homem como seu hospedeiro final.
Schistossoma mansoni. O mais
fino é a fêmea e o
mais grosso, o macho. Agência
Fiocruz de Notícias